quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Centenas na Praça da República em defesa do hospital de Tomar

Era com muita expectativa que se esperava a reunião da Assembleia Municipal, dia 25 de Janeiro, marcada extraordinariamente, que tinha como tema principal a reestruturação do Centro Hospitalar Médio Tejo e a retirada de algumas valências para Abrantes e Torres Novas. Depois dos últimos desenvolvimentos em torno deste caso era esperada uma grande afluência da população tomarense, onde inclusive todos os partidos e movimentos políticos com assento na Assembleia Municipal de Tomar apelaram à sua presença.

Mas algo insólito aconteceu. A população não apareceu em massa como era esperado, sendo visível apenas cerca de duas dezenas de pessoas dispersas pela Praça da República. Quem marcou forte presença na Praça da República para ouvir a reunião extraordinária da Assembleia Municipal foi a grande comunidade de pombos tomarenses, onde mais de duas centenas tomaram conta do lugar onde se encontra o fundador de Tomar, D. Gualdim Pais. É certo que esta comunidade apenas compareceu porque foram “comprados” por um cidadão, oferecendo-lhes quilos de milho, mas estiveram lá.

À conversa com Pombo Correia, cidadão desta comunidade de pombos que mais fez ouvir a sua voz, este defende que “esta reestruturação não tem fundamentos e que o que se passa em Tomar, não só o problema do hospital, se deve à fraca liderança camarária”. Questionado sobre a fraca aderência dos tomarenses diz: -“é de lamentar, pois está em causa quer a questão da saúde quer a questão económica, mas aplaudo a presença desta grande nossa comunidade de pombos, onde todos nós ainda temos raízes de “pombos bravos”. Por fim, confrontado com a questão de que existiu corrupção para que comparecessem em massa, Pombo Correia afirma que está a utilizar os mesmos meios que todos em Portugal. Vai ainda mais longe e diz: -“Como é do domínio público, comportamento gera comportamento, como é do mesmo domínio, Portugal é um país rico em corrupção, como ainda é também deste modelo, os portugueses, maioritariamente, só fazem algo por alguma coisa em troca, já não existe cidadania e o respeito cada vez é menor”.

A comunidade de pombos tomarenses reunidos na Praça
Uma das formas de protesto da comunidade de pombos tomarenses

Pombo Correia - A voz mais activa desta comunidade
Publicado no jornal "Cidade de Tomar" edição nº 4000 de 3 Fevereiro de 2012

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