quinta-feira, 28 de julho de 2011

Exposição de Sofia Ribeiro

Miguel Gontijo, vencedor, em 2011, do Prémio Mário Pedrosa, atribuído pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, recomenda vivamente os trabalhos da artista Sofia Ribeiro, que vão estar em exposição na Galeria Templários a partir do próximo Sábado, dia 6 de Agosto.

A inauguração da exposição "BRAINSTORM- -METÁFORAS POÉTICAS", tem lugar pelas 16 horas, e estará patente ao público até ao dia 4 de Setembro.

Miguel Gontijo no catálogo da exposição diz, desassombradamente:

"Nas gavetas enterram-se tesouros e quem enterra um tesouro enterra-se com ele. E Sofia é uma "gaveta" e traz consigo toda uma estética do escondido. Quem corrobora com esta minha dedução é Rimbaud que diz: " a gaveta está cheia de roupas limpas e há até raios de lua que se podem desdobrar". Na gaveta de Sofia-para mim e para Breton- abri-la é estender lençóis na tempestade (...)

(...) Sofia transforma em poesia os elementos mais banais da vida quotidiana.
Uma aficionada por jogos teatrais, por truques de mágica, pela música visceral, gerando com estes elementos monólogos de transformismo. O centro cabal de sua poesia são os objetos. É no encontro desses elementos que ela organiza o seu poema promovendo efeitos inesperados quando os descontextualiza. O objeto se torna poesia, pois a poesia é uma alma inaugurando uma forma, (alguém, no furdunço da minha gaveta já disse isto, e eu não sei mais de quem é. Fica, então, sendo meu, pelo menos por enquanto, até equilibrar nesse texto a "minha" poesia). Mesmo que os objetos que Sofia nos oferece sejam conhecidos, percebidos, talhados em "lugares comuns", eles se nos apresentam como um objeto para o espírito, imbuído de uma nova alma que vem instituir uma nova forma, habitá-la é deleitar-se com ela. Em um objeto poético é a alma que denuncia sua presença e não é preciso mais que um momento dela para que ela se manifeste como arte.
Nas gavetas de Sofia existem almas aprisionadas e estão cheias de coisas inesquecíveis. Coisas que se desdobram infinitamente e se transformam em imensidão (...)#.

Sofia Ribeiro nasceu em Lisboa, em 1965. Vive em Porto de Mós, onde em 2010 ganhou o 2º. Prémio do XX Concurso de Presépios promovido pelo Município local.

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