segunda-feira, 22 de setembro de 2008

TOMAR

"E o mesmo se diz da tela natural que a vida abrange do Convento de Cristo, que parece coada pela grelha da grande janela inspirada. A impressão que se recebe tem a brandura de uma carícia. O Nabão, em baixo, só por obrigação profissional se movimenta. Dir-se-ia que açaima a própria fúria, para, em vez de ser um rio a passar, ser um espelho a reflectir. E toda esta conciliante presença dos relevos, este caminhar das águas na ponta dos pés, este velado sorriso das cores, é como um intróito a uma santa missa de espírito, que o espírito acaba por celebrar."

Miguel Torga

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